sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fico



Porque não veio me ver hoje?
Senti tanto a sua falta.
A cada toque do telefone esperava escutar sua voz.
A campainha não mais ecoa o ruído que só você consegue realizar, como um musicista que domina bem seu instrumento.
Fico a imaginar quantas águas irão rolar por meu corpo durante o banho enquanto te espero, mas espero sem esperanças que algum dia possa chegar e realizar aquilo que tanto sonho, acordado, pois até meu sono me arrancaste quando partiu.
Fico somente a esperar um alguém sem forma, sem cheiro, sem rastros ou pegadas que eu pudesse seguir em meio à noites frias, cobertas por uma neblina vinda de meus pesadelos.
Caminho sempre a passos leves e rápidos para que nunca , mas nunca eu possa estar, parar ou ficar, mas embora meus passos tenham este compasso marcado à giz para nunca esquecer, eu ainda FICO.
Fico a te esperar.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Algumas vezes é necessário



De olhos fechados respiro profundamente para poder perceber tudo o que me cerca, a densidade do ar, os pequenos ruídos que ficam quase que inaldíveis em meio ao enorme barulho cotidiano, os latidos do cachorro do vizinho que mora à esquerda,consigo sentir toda a extensividade de meu corpo debruçado sobre a cama à qual escrevo tais palavras, me encanto com as aceleradas batidas do meu coração, sinto-me parte de um todo, embora seja vaga esta impressão, esqueço-me das paredes dos limites que me são impostos e fico a voar pelo universo da percepção.
Ao abrir os olhos tudo desaparece, não escuto mais nada, o ar volta a ser algo que simplesmente está, as paredes me limitam e eu não mais vôô...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

... ...


Estou sentado no alto de uma enorme pedra, esquecida em meio ao barulho turbulento da construção civil.
Aqui no alto consigo me distanciar do mundo, apesar de te-lo ao alcance da minha visão de maneira tão vivida.
Estou pensando, pensando muito, penso no eu e no todo, penso em um e no dois,penso nas paixões e nas desilusões, penso na amizade e sua felicidade, penso no longe e no perto, penso e somente penso...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Minha criação


Meu amor é como um rio, que segue seu curso natural em um dia qualquer de sol, mas que pode tornar-se agitado e intenso dependendo do vento.
Meu amor é sensivel como um botão de rosa sendo sua delicadeza submetida apenas a olhares ternos e afetuosos nada que pudesse lhe agredir.
Meu amor tem olhos cativantes e hipinotizaores, cujo cuidado é necessário, para não perder-se em sua extensão.
Meu amor tem cheiro de hortelã.
Meu amor escuta meu silêncio com atenção para não perder nenhum momento de minha respiração.
Meu amor corre para ir mai rápido que o futuro e anda desapressadamente pelo passado para andar ao meu lado.
Meu amor voa sem ter asas.
Meu amor conta histórias doces que me fazem dormir ao som de sua voz.
Meu amor sempre vem me ver.
Meu amor nunca poderá ser seu ele é apenas meu.
Meu amor...meu amor...você sempre será só meu, não há outra saída, posto que foi eu quem o criou.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sem rosto


...Sou inescrupuloso com o maior homem que já conheci, tanto que nem sequer consigo encará-lo. Por isso quebrei meus espelhos...

...O homem cria a farsa de sí mesmo...

Devaneio


O direito de ser livre só se dá quando nosso objetivo terreno alcança seu pico, ou melhor sua predestinação à qual todo ser vivo está sujeito, ou seja a morte.
Esta tão afamada e temida morte é aguardada pela vida, como se fosse a própria razão de se viver.
...Estive a olhar para os lado e nada encontrei; olhei para o céu e nada encontrei; olhei para o chão e nada encontrei; olhei para o centro e encontrei um abismo chamado EU...
...A partir de mim tudo começa e tudo termina, esta será a máxima que devotarei meu amor...
...Tudo passa a existir para mim quando eu existo e vice versa...
Será este o conceito da vida????

Tormentos ilógico...


Estou triste, e a causa desta foi unicamente por minha própria vontade. O homem é realmente o causador de suas tristezas?
Olhei cegamente em seus olhos e nada pude encontrar que pudesse me resgatar de meu pesadelo.
... Estava só, fazia frio, fiquei por horas vagando sem direção certa, caminhei até esgotar minhas ultimas forças, daí chorei, mas minhas lágrimas secavam antes mesmo de percorrerem a extensão de meu rosto em direção ao chão...
Este era meu pesadelo.
Fui cruel e sem nenhuma espécie de sentimento que me leva-se a cair aos braços do mais cruel dos sentimentos.
Quisera eu não ser um homem, talvés se fosse um objeto qualquer, totalmente inanimado eu estaria livre de sofrer tais tormentos que nos levam a crer que o inferno encontra-se no lado mais escuro de alma, escuro somente pelas ilusões que tornan-se significantes à nossa humanidade mesquinha e medíocre, cheia de cores misturadas e incompreensíveis, como num quadro abstrato.
A tristeza passa a ser raiva, raiva por estar, sim, unicamente por estar e mais nada...interrogações...
Vozes ininterruptas assolam minha mente, tenho vontade de bater a cabeça contra a parede.
Sinto-me burro, um completo ignorante que traí a sí mesmo com falsas promessas, estas feitas por mim mesmo..
DROGA! Tudo se encerra e começa em mim? Será que mereço tão duro fardo?
Se o Deus cristão cuja mitologia aponta como sendo o ser soberano e imperador de todas as coisas existentes está me testando, qual é a finalidade?
Estou condenado a existir e carregar a minha existencia em meio à tantas guerras travadas dentro e fora de mim.
Anseio o dia em que terei paz.

rabisk


Ficar sem fazer nada e fazer tudo, resulta na mesma condição de vazio.
Nos desencontramos de nós mesmos.

Eterna amizade


Todas as noites pergunto ao meu travesseiro quantas tristezas eu terei que chorar.

Qual é o nome?


Estou deitado esperando que algo grandioso aconteça, algo que me tire da cama de forma tão arrebatadora que me impossibilite de querer retornar a ela.
No rádio toca uma música bonita, não sei seu nome, mas eu gosto dela.

Ler


Participei de uma experiência encantadora.
Viajei por algum tempo. Foi um tempo bom, conheci pessoas fascinantes e muito inteligentes e presenciei uma linda história de amor.Fiquei emocionado.
Estou com um pouco de frio, meus pés dançam uma música sem ritmo certo com o fim de aquecer-se.

O mundo e suas ilusões


Tenho medo de acordar e perceber que todos estes anos dos quais só me recordo alguns momentos, um dia venham a não ter mais significado algum, sendo totalmente vãos.
Sempre me preocupei em permanecer de olhos bem abertos para que nada pudesse fugir ao meu alcance, mas descobri que isso é impossivel, pois nossos olhos a maior parte do tempo encontran-se fechados sendo a nossa própria realidade causadora da cegueira. Mas isso pode ser até mesmo uma vaga impressão de uma noite mal dormida,afinal, nossa realidade sempre nos prega peças.

Calar e rezar


Queria conseguir gritar, mas minha voz não consegue pronunciar uma única palavra.
Somente escuto, como estas imagens que ficam pegando o pó de suas moradas. Todos põe-se aos seus pés, rezam, desabafam, pedem e depois saem se sentindo aliviados. Fico a imaginar como será que se sentem tais estátuas, caso elas pudessem compreender o que acontece à sua frente diariamente. Acho que no mínimo se sentiriam impotentes ao escutarem tantas coisas e estarem presas à sua condição imóvel, sem nada poder fazer, tendo a visão de vários mundos particulares e não participando efetivamente de nenhum deles.
Pensando nisso consigo entender porque algumas estátuas choram.

Descendo


Sucumbir em meio á desgraça assolada é como descer ao abismo de escadas...é seco, solitário, angustiante...estas características deixam marcadas no semblante as mais terriveis marcas, que são fixadas em nossa memória.
Fugir de tal realidade parece-me quase impossível, sinto-me sujeito à qualquer outro mal que possa vir as ser acrescentado à minha insignificante existência, posto que já existo.
Esta angústia que sinto só poderá ser superada, quando outros ventos soprarem.
A esperança que ainda tenho se extingue cada vez mais rápido, devido à sensação de impotência e resignação consciente. Sujeito a rolar pelas poças da condição proletária.

Rabiscando


Me vejo como um expectador da minha própria vida.
Muitas vezes romanceio minha realidade para que ela tenha o gosto doce das paixões encontradas nos livros.
Me perco muitas vezes em meus pensamentos tão confusos e desordenados, nestes momentos de incoerência e ilusão...apenas permaneço quieto, para não cair em meu próprio abismo...
Um olhar profundo e distante é rapidamente percebido em meu semblante, consigo simplesmente me transportar de um lugar para outro com o mesmo olhar paralizado e distante.A velocidade destes movimentos internos, são tão e somente comparados à velocidade da luz...Talvés tudo isto pareça um grande exagero e um enorme disperdícil de palavras e de fato, seja somente isto mesmo, mas isso já deixa de ser tão importante neste momento...

RSPReio


Entre lamentações e lágrimas secas, me encontro mais uma vez respirando...
As lágrimas que menciono à muito não adquirem sua forma naturalmente líquida, pois antes mesmo de se tornarem a expressão da aflição ou tormento, estas se evaporam no interior dos meus olhos.
Tudo se passa silenciosamente.
Dentro de minha cabeça ecoa minhas frustrações mal resolvidas juntamente com as desesperanças de um sonhador, me mortificando aos poucos, deixando este pedaço de carne animada sem degraus a serem galgados.
Enquanto isso...respiro...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Absurdo, Revolta e Conformismo


A vida é absurda a ponto de nos levar a loucura em poucos anos...
A loucura pode ser o alivio à sanidade cruel à qual tanto buscamos e que nos amaldiçoa quando é encontrada.
...Somos como abelhas em uma enorme colméia, estamos condicionados e destinados a papeis que nunca tivemos a oportunidade de escolher...
Percebemos aos poucos todas as ilusões que estão ao nosso redor, e isto nos causa uma dor pouco suportável até nos acostumar-mos.
A não existência ou melhor o ponto de partida do qual viemos é melhor?
...A abelha em sua jornada, acaba sendo a mais feliz das espécies, pois não pensa, não se interroga e não questiona sua vida...
...destinada a ser uma operária,aceitando com resignação sua função em meio a colméia,sem querer se rebelar, contra sua rainha, comendo daquela comida destinada exclusivamente à maioria, sem brigar por um pouco de respeito ao seu trabalho tõ penoso, que a consome diariamente sua vida...
As vezes me acho como uma máquina ambulante, cuja unica evolução poderá ser a de um zumbí, inconsciênte da realidade que me circunda.