sábado, 1 de novembro de 2008

Liberdade?


Sentir-se só, amparado pela ilusão, justificando a desgraçada e cruel liberdade que foi logo de início infringida no ato do nascimento, deixando sem escolha o ente que está por vir o direito de escolher entre existir ou não.
Mas como escolher existir sem ter consciência de uma possível existência? Queria eu não ter existido para poder responder tal questão, que logicamente é completamente incoerente apesar de curiosa.
Existo mesmo sem saber ao certo minha real natureza tão instável entre Deus, animal e animal racional.Deus como criador de mundos. Animal pois estou sujeito aos meus instintos mais primitivos de sobrevivência e Animal racional, adestrado e pré-moldado de acordo com o mundo disponível ao meu redor, talvez tentando ter uma fagulha de consciência de sí, para justificar o agora, pautado no passado e sonhando num futuro possivelmente previsto sem nenhuma frustração posterior, pois o fim de todo homem dá-se quando o mesmo para de respirar.