domingo, 10 de janeiro de 2010

9la


A lucidez inconsciente do sonho emana uma nevoa oracular, na qual não consigo identificar sua realidade suas imagens mais que me surpreendem, me encantam e transportam.
No sonho fui o amante, que esconde sua paixão de um monstro devorador de corações...
Fui o próprio monstro...o dragão.... com sua fúria...
Fui o velho...que tem o coração cheio de vida movido pela paixão do jovem...buscando no romance antigo os meios para despertar e estimular os que ainda estão por vir ...o inusitado...o não falado...a surpresa de quem realmente ama e é amado ... expressividade em cada gesto sutil...cada pensar e cada passo dramático rumo ao objetivo do desejo ... surpreender ... como um Eros civilizado...embora completamente louco...
Fui o frágio...o medroso... quiseram me pegar...sim! eu tenho certeza..mas quem era? um fantasma? Uma sombra? Um eu escondido? Ou simplesmente meu reflexo no espelho?
Fui o espectador de mundos... de pessoas e destinos que vistos do ângulo mais alto parecia uma novela com final feliz...e temperado com ânimos que se alteravam de acordo coma trilha sonora....rs...foi uma boa novela.
Acordei meio tonto...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Falta de paixão


Por que abandonou-me ilusão do querer?
Por que não olha mais para mim? Aquele que tanto te deseja e sonha.
Desencontro o seu brilho nos meus olhos enquanto me olho no espelho...cada segundo é tedioso, cada hora uma lentidão incalculada e cada é dia interminável... é como ser amaldiçoado pela eternidade e amparado pela solidão.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Conhece?... Re


E caiu a noite...
Meu sapato preto se direciona com passos leves em sua direção e em meu rosto um sorriso que chama por outro sorriso... e este antecede o beijo rápido expressando um oi apressado.
() - Ví o trigo, o céu, o mar e senti o vento.(tu)
Tudo se silencia. um olhar cruzado.
() - Deitei sobre a areia, a toquei, e senti sua forma informe intuindo sua ampla extensão e me sentindo por alguns instantes parte dela, dançando a mesma balada e brincando de ainda ser criança no colo.(corps)
()- Olhando do mar para o céu, o azul, o mesmo mistério, profundidade e encantamento que só o desconhecido induz.(regarder)
O velado me matém consciente da possibilidade do engano e me instiga a desvelar...sou curioso.
()- Do trigo posso apenas tocar, puxar alguns grãos e dar risada por ser tão bonita sua coloração.(cheveu)
()- Do vento só tenho fragmentos ou arrepios, quando não, uma leve brisa passageira.(paroles)
E veio o amanhã...
Essa é a minha comunicação com esse mundo.

Manhã


Minha mente ainda sonolenta devaneia sobre o sonho da noite anterior e a dúvida antiga se faz novamente. A direção ainda incerta faz com que se paralisem meus atos, e uma grande sensação de impotência mediante ao sentir se apresenta de maneira bruta, mal educada e insolente. Levanto. Olho o céu ainda meio cinza, me direciono ao banheiro...retorno e faço fumaça com a expressão de quem teve um dia conturbado...Nossa...o dia apenas começou.
Do lado de dentro antevejo inúmeras hipóteses, teses mal formuladas e inferências (como diria o filosofo) sobre o teto de vidro o céu cinza e a condução de minha vida de garoto mediano...mediano ao passo que me auto identifico como alguém que transita na linha tênue entre a loucura e a sanidade. Quando chegará a idade da razão? A cada hora passada meu tempo se altera, estou envelhecendo, admito sem maiores complicações. Ao lado de meu travesseiro atado aos meus sonhos cada dia durmo com um novo mundo, o que me acompanha agora, é um mundo ofertado por um homem de outro tempo, mas que pela 3 vez me cativa com suas palavras. As palavras... gosto das palavras pela sua capacidade de transportação...e eu... eu imagino muito...até pela manhã.