sábado, 1 de novembro de 2008

Liberdade?


Sentir-se só, amparado pela ilusão, justificando a desgraçada e cruel liberdade que foi logo de início infringida no ato do nascimento, deixando sem escolha o ente que está por vir o direito de escolher entre existir ou não.
Mas como escolher existir sem ter consciência de uma possível existência? Queria eu não ter existido para poder responder tal questão, que logicamente é completamente incoerente apesar de curiosa.
Existo mesmo sem saber ao certo minha real natureza tão instável entre Deus, animal e animal racional.Deus como criador de mundos. Animal pois estou sujeito aos meus instintos mais primitivos de sobrevivência e Animal racional, adestrado e pré-moldado de acordo com o mundo disponível ao meu redor, talvez tentando ter uma fagulha de consciência de sí, para justificar o agora, pautado no passado e sonhando num futuro possivelmente previsto sem nenhuma frustração posterior, pois o fim de todo homem dá-se quando o mesmo para de respirar.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Somente matéria informe.

Me libertei da ilusão de sentir-me parte de algo.
Minha matéria, com toda sua singularidade não está pronta para ser uma forma concreta em algum meio existente. Por mais subjetiva que possa parecer este comentário, para minhas elocubrações de uma noite não dormida, ele tem um significado digno de ser levado em uma pequena parte de minha memória tão relapsa.

domingo, 19 de outubro de 2008

Sem título


Hoje eu pensei. Faz muito tempo que não fazia isso, ultimamente somente respirava e seguia com passos lentos em direção à minha velhice. Nada mais parecia fazer sentido e nem sentia mais nada, talvez tenha me perdido em meu cotidiano absurdo e nem ao menos tinha me dado conta disso.
Comecei a ler um livro no qual seu escritor mencionava sua busca pela sabedoria através de sua própria vivência, se desprendendo das suas idéias pré-concebidas adquiridas por meio de livros, idealidades culturais e pré-conceitos; resolvi seguir seu caminho e tomar as rédeas de minha própria existência sem me perder em meus devaneios ou possibilidades que nunca se realizavam a não ser em minha cabeça.
Resolvi escrever para esvaziar um pouco minha cabeça que fervilha com esta retomada de vida. Fico triste em lembrar o quanto eu perdi no vazio, no conformismo.