terça-feira, 29 de setembro de 2009

Encontro


E se fez o dia...e veio a noite, e no silencio de minhas mãos encontrei o teu silencio distante que procurava por algo...
No silencio, ficamos por horas, tocando-nos com sutilezas e mãos doces de criança que acaba de descobrir algo novo, inesperado e fastasioso.
O silencio tornou-se repleto de algo...tornou-se o encontro desmedido de palavras...talvez uma aura metafísica da qual não podemos racionalizar . Nos encontramos em silencio no tempo...o mesmo tempo que contém a memória de dias passados dos quais ecoam sua voz e o mesmo tempo que prevê uma esperança no amanha melhor....no qual nos encontraremos novamente.

Um comentário:

Samantha Fernandes disse...

Bem...o que você acabou de descrever, não só palavras ou "paroles", ou poiésis na verdade é uma poiésis, sim...
Visto que o que você escreveu, criou, é fruto daquilo que você sentiu e vivenciou dentro de um daqueles instantes bolha de sabão ou momento estrela cadente: É o tal do "NUN", aquele breve espaço de tempo onde tudo ocorre em descompasso, onde a eternidade e o efêmero se mesclam, e que dessa relação surge algo mágico, fruto do instante e do ator-espectador: surge a poiésis, aquela que possibilita a eternidade, o amor, a verdade, a união: Entenda que o instante, o uno, a criação do poeta ou artista, a eternidade não trata-se apenas de teorias filosóficas de um doido varrido que atende por Platão, como também é a vida ou o sentido desta...
sem mais...
Acho que você entendeu, não é mesmo?
Se não entendeu, pelo menos sentiu e tomou consciência: MARAVILHOSO!